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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Metade do não acontecido.

Os dentes brancos por trás do sorriso bonito paralisaram minhas carnes. A pele riscada pelo meu desejo, o olho preso aos gestos. O cheiro viciante, a voz arrogante, o cabelo mesclado. O tempo apressado, o passo contado, o abraço não dado. O desejo do gosto, o medo do gozo, o tapa no braço - acorda!. O gole no copo, o anel no dedo, o caderno, o livro. A história mal contada, a piada falha, o breve ensaio. A língua encharcada, a meia garrafa, o copo vazio. O corpo latente, a face em rubi, o ferver do sem ter.