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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Paciência

"Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara"

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fisiologicamente imperfeito.

Estou sentado na rede com os pés a balançar.
Sob a sombra, na varanda, um ventinho sacode meus cabelos e vez ou outra me pego de olhos fechados, rindo pro nada. Deu pra imaginar a cena? A varanda, de frente pra um gramado verdíssimo, alguns coqueiros e uns arbustos que eu não sei o nome. Bem, geralmente me interesso em saber o nome das plantas, mas não sei por que o dessas eu não fui atrás. Tem um passarinho, muito serelepe por sinal, que canta meio desesperado... Canta não, grita! Passarinho das pernas tão finas, que parece uma bolinha de penas suspensa no ar! E aquele coqueiro torto parece um... Ah, é tão bobo que nem vou cogitar a remota possibilidade de compará-lo ao que quer que seja. Acho que o conjunto dos imperfeitos faz o todo ficar perfeito. E aqui é tão perfeito, nem sou muito de sentir as coisas, mas aqui é tão especial que chego até sentir a paz, mesmo sem saber o que de fato ela significa. A rede azul marinho, com a varanda bordada em flores de tamanhos variados, o verde das plantas, os passarinhos, a brisa, eu. É engraçado pensar que tudo isso é tão pouco e tão imenso, que eu sou nada e parte fundamental nesse planejamento divino. Vai ver eu não estou tão solto como penso. Não estou mais sentado na rede com os pés a balançar, tive que deitar. Minhas costas doem. Queria ser tão perfeito quanto o que estou sentindo agora.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A carta do desesperado


Desculpe se não fui tão bom como disse, como aparentei, como você pensou que eu fosse. É de mim, eu falo demais, me gabo demais de algo que não sei ser, de algo que, na verdade, nunca fui. Sou confuso, indeciso, medroso e tímido. Acovardo-me facilmente diante de problemas, situações, pessoas, enfim... Não sou tão diferente de todo mundo, acho que sou tão igual que me disfarço fácil entre os milhares! Não me venere tanto, não sonhe demais comigo, pois eu sou a sua ‘falsa-esperança’, eu sou sua ‘falsa-impressão’. Meu charme, minhas intenções, meu sorriso, tudo é disfarce. Todos os dias uma máscara diferente e quando não há, me camuflo entre os tantos estranhos perdidos por ai, que nem eu. Poço de desilusão, olhos oblíquos, gestos de miss, pura eloqüência vaidosa... Sou tão oco que nem reflexo no espelho eu tenho! Sou dúbio o suficiente pra dizer que sei o que quero, que estou sóbrio, que minhas atitudes cogitam um ar superior de ‘sabe-tudo’. Não sei me definir, não sei dizer ao certo que eu sou... Diariamente mutável e incontestavelmente inseguro no que diz respeito a descrições psicologias e físicas. Perdão não ser seu príncipe encantado, perdão mais ainda por não estar à altura dos seus planos a dois.

domingo, 25 de abril de 2010

C.


Eu desejo mais noites de conversas sem fim.
Desejo mais beijos, mais sorrisos, mais abraços e tudo que couber no breve espaço deste amar.
Que venham dias, noites, mais dias e noites e noites e dias à dois!

sábado, 24 de abril de 2010

Teor


Por trás dessas lentes, dois olhos marejados, e de repente, dois oceanos de lágrimas escorrem pela face tremula. O som do velho rádio, que insistia em repetir os mesmos versinhos, ensaiava os passos dos soluços entalados, que subiam e desciam pela garganta. Não havia motivo pra tanto desprendimento, pra tanta dúvida e agonia. Ela já tinha dito, mais de uma vez, que amava e entre tantos bilhetes, declarações escancaradas eram ditas aos quatro ventos! Mas mesmo, contudo, parecia um conto de fadas, contado assim, no boca a boca e sem verdade... Ficou natural chorar por não acreditar em ‘nós’.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

pós terça.

Não sei ser eloqüente, até porque na ressaca em que me encontro, faltam-me palavras, paciência, orgulho próprio... Tento lembrar-me na ânsia de esquecer... Eu não sei como fazer essas coisas. Flashes disparam ao meu redor a todo instante.
É dor de cabeça, olhos inchados, roupa amassada, boca seca... Uma horrível e triste sensação de que a ressaca não é só alcoólica, é moral e social. Só quero dizer que não estou bem. Mas é estado, já passa.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Minha opção essencial


"Ver bem não é ver tudo. É ver o que ninguém é capaz de ver."

Eu vi dentro dela e sabia que lá eu poderia construir meu lar, levantar alicerces, abrir portas e janelas, projetar e decorar os meus, os dela, os nossos sonhos e tudo mais que houvesse naquela vida.
Então pra que se importar com pouca coisa?
Deixe estar, menina, que se for pra ser vigora.
Vou construir o essencial aos poucos, sem pressa, com cuidado, pra que só a gente veja o bem que isso faz.

domingo, 18 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sober

Não há como conter, muito menos esconder. Está escrito por todo corpo, derramado nos desejos íntimos e borrado na boca, que nem batom carmim depois do beijo. Dos olhos saem faíscas, e as mãos tocam com ardor a pele nervosa. Entre abraços, que mais parecem laços de Musseline, pensamentos pecaminosos não conseguem sequer escapar! Pode adentrar no recinto, deitar, suar e se perder por entre dedos coloridos... Duas taças de Lafite Rothschild 1787, um balsamo entorpecente, lábios achados em curvas desvairadas... Torne-se sensível ao pé do ouvido, abaixo do umbigo e entre as pernas. Tente decifrar, ou devorar-te-ei com meus olhos de hipnose que te chupam feito zoom de Nikon

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lounge

"Eu você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor"

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Unhas vermelhas, cabelo penteado.
Roupas justas, make up, salto alto.
Bons modos, bolsa e sorrisos de plástico.
A Barbie disfarçada.
Por fora uma beleza... Mas o recheio é uma mer...!

sábado, 10 de abril de 2010

Achismo meu de cada dia

Creio que nada seja em vão.
Na verdade tudo tem um fundo de verdade e mesmo que não seja planejado, mesmo que seja meio descompensado, no fim a gente vê que não foi a toa!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ai, meu Deus...

Será que eu vou me apaixonar?
Dá vontade de sair correndo e gritando "NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!"

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Tenha Dó!

"A saudade vai bater mas o meu amor se vai
Tempo voa e quando vê já foi

Não me fale de nós dois, não preciso mais saber
Indo embora, deixo-te um adeus ao vir dizer

Que me ama, que sem mim você não vive
Que foi apenas um deslize, que você preza pelo meu amor

Tenha dó, não mereces o afago nem de Deus nem do Diabo
Quanto mais da mão que um dia eu dei pra ti...
"

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pois bem...


Onde vou depositar minhas boas intenções? Todas as atuais querem apenas um divertimento, algo a mais pra contar... Já não adianta ter todas. Eu estou só na multidão, um perdido... Um, só mais um. Posso não ser ajuizado, posso não ser bonito, posso não ter carro ou dinheiro, mas eu tenho boas intenções, será que isso não basta? Será que eu sempre vou ser o abre-alas do bloco do eu sozinho? Eu não sou assim, eu estou assim... Largado a qualquer um. e da medo. Por mais que não pareça, por mais que eu disfarce com um sorriso, no fundo ha um vazio, um lugar que não foi preenchido, oco... Sei lá, é a ausência do concreto e a falta de nexo que me deixam abalado, sem estrutura, um quase invalido sentimental!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Conversa com o espelho

Fraco!
Levanta agora e segue teu caminho, sem olhar para trás.
Covarde!
Não vê que desse jeito a única recompensa será o desprezo alheio?
Medroso!
Essas pernas que bambeiam só fazem te reduzir, cada vez mais, ao nada.
Medíocre, infame, impudico!
A quem queres enganar?
Toda essa aparente insignificância, essa incapacidade camuflada, só reflete o que eu já sabia: Tu és um sonso, um cético! 
Ignorante, inglório... Esses olhos desolados não são seus! 
São cópias fiéis dos meus...

Enfim.

sábado, 3 de abril de 2010

Declaro ser o seu mais lindo amante...

Ligações a fora, madrugada adentro... Entre chuvas, raios e trovões... Uma divergência sem solução aparente, quem sabe não se resolva um dia, de um jeito que jamais alguem imaginou - E eu? O que eu posso fazer entanto isso? - Enquanto isso eu vou crendo que aquela madrugada não passou de uma abstração do meu pisque - Mas e se for verdade?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Não fuja.

"Ah se tu soubesses como eu sou
Tão carinhoso e muito, muito
Que te quero. E como é sincero,
Meu amor, eu sei que tu não
Fugirias mais de mim
...
Vem...Vem...Vem...Vem...
Vem sentir o calor dos lábios
Meus, a procura dos teus.

Vem matar essa paixão,
Que me devora o coração...
E só assim então serei feliz,

Bem feliz...
Meu coração..."