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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Curta divagação sobre os acasos do coração de um homem*

- Falo demais... Esse é o meu maior defeito.
- Seja menos cruel consigo mesmo. Você falou a verdade a ela, não foi?
- Sim, falei. Sabe, eu realmente me culpo por tê-la perdido e não me conformo, deixei isso bem claro.
- Então, você foi corajoso e honesto. Pessoas assim são difíceis de achar.
- Talvez... Eu fiz minha parte... Mostrei o que eu sentia.
[pausa]
- Ainda espera que ela volte?
- Sinceramente? Não. Existem outras prioridades, outras vontades, novas paixões.
- Como assim? Se sabia disso não deveria ter se humilhado! Foi tudo em vão!
- Em vão não. Agora eu me sinto leve. É como se agora que ela sabe do meu amor...
- As coisas ficassem mais leves?
- Não. Menos dolorosas.
- Sei... Vai insistir?
[pausa]
- Não. Já tive que mostrar o caminho, insistir pra que ela retome o mesmo seria extrema automutilação! Não insistirei, ela saberá o caminho se quiser voltar, obvio.


















*Post-ficção.

sábado, 25 de dezembro de 2010

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

As Palavras

"Tentei
Rasguei sua alma e pus no fogo
Não assoprei
Não relutei
Os buracos que eu cavei
Não quis rever
Mas o amargo delas resvalou em mim
Não me deu direito de viver em paz
Estou aqui pra te pedir perdão"

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Nota importante.

Aos leigos que não conhecem e aos asnos que sempre vem aqui e depois saem rindo e pensando bobagens, resolvi postar essa nota.

Rubens Fontenelle, Nora, Belchi, os demais citados e os ainda não citados, Lucrércio, Rogério, Milaine e tantos outros, são personagens de FICÇÃO.

Muitas das publicações textuais escritas aqui são contos baseado nos acontecimentos reais, porém não são reais. As situações descritas misturam realidade e fantasia, logo, existe a FICÇÃO. Aos pobres de sentimentos bons, e aos de sentimentos bons que por aqui passaram e se sentiram incomodados, magoados e ironizados, minhas humildes e sinceras desculpas. Semelhança em nomes, fatos e qualquer outro caso, são mixagens de dois paralelos - realidade e invenção. Para mim, é de um desgosto extremo ter que esclarecer conflitos existências alheios, afinal não sou uma profissional da psicologia. Ressalto mais uma vez que o Vida Após Orkut é um blog fictício e não tem como proposta contar a vida alheia, muito menos a vida particular minha ou de qualquer outro ser.
Coincidências são impossíveis de não acontecer, já que tomo como base o meu cotidiano, porém repito para que até na mente mais obsoleta seja assimilado Vida Após Orkut igual a FICCÃO.

Ps.: A partir do presente momento todas as postagens reais e não reais terão uma indicação no final: "Texto não-ficção" e "Texto ficção".
Ps2: Se você assiste novela saberá e entenderá as plubicações da casa. Novela é ficção e esse blog também.
Ps3.: Aos de pouca inteligência, que se sentiram 'cutucados na ferida', sinto pena. Mas entendo que a vida, às vezes, pode ser difícil.

Agradeço a paciência.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O novo Rubens.

Que ninguém saiba do maldito bilhete que enviei à Nora. Perdi o sentido e cometi tal vacilo... Me arrependo, porém Nora não está bem.
Mas e daí? Eu não sou curativo para as dores alheias! 
Nora já teve seu lugar ao sol e foi incapaz de reconhecer, pois bem, o que acontece hoje é apenas uma consequência para nós. Fui um tolo, um fraco! Chega de fazer asneiras. Estou consumido por uma felicidade tão sublime que nem tenho palavras para descrever. O tempo em que eu, Rubens Fontenelle, me sujava por tão pouco já se fez pretérito.
Nora não passa de uma lembrança amarga, de um tormento indesejado. Só quero que ela tenha o que merece - nem pouco, nem muito, nem bem, nem mal -  exatamente a parte que lhe cabe, tudo o que foi plantado. Bobagem... Coisas assim são possíveis de acontecer, não vou me martirizar.
Foi apenas um trpeço e eu seguirei meu caminho. Adeus passado condenado.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ficção.

Eu o vi hoje como a muito tempo eu não via.
Aquele cheiro, tão familiar, aguçou estintos adormecidos.
Dei-me de cara com a velha iconoteca. Fotos e filmes de uma vida interrompida contra minha vontade.
Novos amigos, novos vícios e tudo continua muito longe de ser o que foi um dia.
Mas é pedir demais?
Ponha aqule chinelo azul, aquela calça folgada, use aquela camiseta preta e a mochila cheia de remendos. Então siga meus olhos, atravesse a rua e antes que meu ônibus venha diga 'oi, eu sou fulano'.
Seria desastroso.

sábado, 11 de dezembro de 2010

4 F’s

Nas horas conturbadas eu refaço meus desejos. Vontades postas em segundo plano tornam-se palpáveis outra vez. Culpa de fatores adversos, culpa de sentimentos ressuscitados que nunca sequer morreram. É assim mesmo, quando um sistema entra em crise o melhor a fazer é dispersar seus dependentes. Objetos descartáveis, assim como pessoas e relacionamentos descartáveis. A teoria dos quatro ‘éfes’ – find, feel, fuck, forget – é muito utilizada enquanto a áurea da beleza se faz presente. Há um medo oculto. Ninguém que perder o que ainda não achou. Geração agridoce – depende do paladar que a prova – bipolar, dúbia, precoce e bissexual. Direções, orientações, conexões indispostas. Cores nos cabelos, belos sorrisos tortos, amigos que dizem ‘eu te amo’ com a mesma freqüência dos ‘e ai?’. Mas tudo é uma questão cultural e o ‘bom dia’ já está muito ultrapassado. Adorar, venerar, outro objeto e mais uma vez repete o erro e quebra a cara de tanta decepção. Poupe saliva e gaste uma fortuna de atos. É muito fácil beijar a face e negar depois. No vai e vem das ruas e calçadas e elevadores, elevam-se as dores e um cigarro se torna o melhor remédio para a covardia. O flash ainda faísca nos olhos a foto de outrora e de repente todos ali sabem o efeito que a bala tem. Não há sangue derramado. Corporações vomitam informações em grandes ventiladores, pois a intenção é contaminar os ares. O sexo deixa um cheiro estranho no corpo e uma marca bem no meio da testa. É difícil não chorar ódio, mais difícil ainda é não se envenenar com o próprio veneno. Ser alheio é o que há de bom. É o que temos pra hoje.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Running in circles

- Porque você me ama?

Eu estou quase de volta. É apenas uma volta no círculo... Mais uma volta.

Tire o pó dos móveis, limpe o cinzeiro de bronze. Tente trocar as poltronas velhas de lugar.
Veja se aqueles CDs irão fazer a trilha sonora. Os chás de hortelã e camomila, as cortinas verde-oliva e os chinelos de dedo. Veja se está tudo em ordem, ponha o tapete e me espere pro jantar.

Eu estou voltando.