+MAIS

quinta-feira, 18 de abril de 2013

roseira morta.

chore.
chore muito.
chore o dobro do que eu chorei.
chore até achar que está limpa e ver que ainda está suja
e então chore o triplo!
fique em ruínas.
 ponha sua cadeira velha no fundo do poço que um dia foi meu
e sente com seu choro entalado.
com seu choro velado.
com seu choro apertado e estrangulador.
não se reconheça, amargue, renegue e só durma depois que o cansaço e a fadiga tripudiarem na sua carcaça cor-de-meu-ódio.
fume quantos cigarros quiser.
beba tudo que for etílico.
ande pelos piores bares.
e chore.
chore por não ter respostas prontas e certas para todas aquelas suas perguntas existenciais e idiotas.
passe por tudo que eu passei.
se for capaz, sinta tudo o que eu senti
e chore.