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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Não adianta.

Quando você fez o enorme favor de me matar pra si.
Quando eu senti o peso da irrelevância dos dias.
Quando você fingia não ver as mensagens que eu deixava, todo santo dia, pelos seus caminhos.
Quando eu fui me apagando.
Quando você foi se esquecendo da promessa.
Quando eu já não era mais nada e já não fazia mais questão de ser.
Quando você encostou sua cabeça no travesseiro ao som de Radiohead e dormiu até as nove da manhã do dia seguinte.
Quando eu esqueci de você.
Quando você lembrou de mim.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Um filme que passou depois da meia noite.

A gente se perdeu.
Não sei direito em que tempo ou espaço, mas em algum momento nos perdemos.
Porque quisemos.
Porque não podíamos com nossa própria existência.
Porque simplesmente não eramos o amor um do outro.
O sentimento se esgota e se perde e se esvai.
É como se quanto mais pesado, mais propenso a subir e se desfazer exosfera a fora.
Eu amei cada minuto que pude e sustentei, como se fosse algo palpável, a linha imaginaria que ligava nossos dedos.
Todas as memórias são como os filmes que passam tarde da noite, daqueles que vemos com os olhos entreabertos, entre o sono e a vontade, e no outro dia, não passam de imagens borradas, de beijos desfocados, de confusão com tiros e carros velozes, de choro pela vida ou pela morte.
Nos perdermos nas palavras.
Nos perdermos nos gestos.
Nos no breve e ir vir de cada dia.
Nos perdemos por amar demais
e também por amar de menos.