Eu poderia dar-te as flores que não dei
Poderia escrever-te as canções mais bonitas e sonetos mais bonitos que os de Camões
Poderia cantar-te infinitas odes e liras
E fazer do meu ombro teu lar.
Poderia entregar-te meu corpo, como uma oferenda a tua graça
Poderia brindar-te com a mais fina taça de cristal e beber-te a cada nascer e deitar do sol
Poderia celebrar-te
E fazer do teu pesar um problema ameno, a menos.
Em três dias despertarão teus vinte e seis sóis e eu não poderei ver
Sentir
Tocar.
Tudo que eu poderia dar
Escrever
Cantar
Entregar
Brindar
Beber
E fazer, em prece farei por ti.
No despertar dos teus vinte e seis sóis, mesmo ser ver, eu estarei tão perto em pensamento.
