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sexta-feira, 25 de março de 2011

Efêmera.

"Hoje é o tempo preu ficar devagarinho
com as coisas que eu gosto e
que eu sei que são efêmeras
e que passam perecíveis
e acabam, se despedem,
mas eu nunca me esqueço."

quinta-feira, 24 de março de 2011

Costumes.

"E então eu me vejo sozinho como estou agora
E respiro toda a liberdade
Que alguém pode ter
De repente ser livre até me assusta
Me aceitar sem você certas vezes me custa
Como posso esquecer dos costumes se nem mesmo esqueci de você."

quarta-feira, 23 de março de 2011

Life Is Simple In The Moonlight

"So we talk about ourselves and how
To forget the love we never felt
Oh, we owed jokes that work so well
You never were so sure, was the moment"

domingo, 20 de março de 2011

Someone Is There Waiting For My Song

"Quando todos os meus sonhos
finalmente encontrarem os seus
Nós vamos sabere talvez encontrar o significado do verdadeiro amor."

segunda-feira, 14 de março de 2011

Perfeição.

Um silêncio mórbido invadiu a sala da frente. A casa vazia e velha abrigava uns poucos móveis escuros e cansados e mal se via a luz que, de tão teimosa, insistia em entrar torta e empoeirada por uma fenda entre a janela e o ferrolho. Eu compraria aquela casa, gastaria todas as minhas economias ali. Tinha espaço para que os meninos jogassem bola, uma mangueira enorme, ideal para fazer um daqueles balanços de pneu. No alpendre davam três redes e ainda sobrava espaço. Tudo ali devia ter no mínimo cem anos! Quadros antigos, portas, prateleiras e até um pote que estava esquecido próximo a pia da cozinha. Havia algo dentro do pote, mas não tive coragem de abri-lo... Não tive nem coragem de tirá-lo do lugar. O único medo que me assombrava naquele momento, era estragar toda aquela perfeição sublime.

quarta-feira, 9 de março de 2011

segunda-feira, 7 de março de 2011

Homem não chora.

"E antes que eu me esqueça
Nunca me passou pela cabeça
Lhe pedir perdão
E só porque eu estou aqui
Ajoelhado no chão
Com o coração na mão
Não quer dizer
Que tudo mudou
Que o tempo parou
Que você ganhou

Meu rosto vermelho e molhado
É só dos olhos pra fora
Todo mundo sabe
Que homem não chora"

Ps.: Lies to me. Every day.

sábado, 5 de março de 2011

Viva o carnaval!

Amor de carnaval vai de sábado até terça. Na quarta vira cinzas.
Então as pessoas percebem que não era amor, que o carnaval passou e que agora não há dinheiro nem pra comprar uma barrinha de cereal. Ah, o carnaval...  Mais crianças são geradas, mais pessoas entram em coma alcoólico, mais sapinhos e 'tias', mais acidentes de carro. Tanta confusão e empréstimos em bancos para viver loucamente as fantasias de um feriado que, no mínimo, é o esperado do ano. Mulheres maravilha fogem com supermans, todos indo pra frente, pra frente, cintura, cabeça, tchubirabirom e outros tantos de tão bêbados preferem o vou não, quero não, posso não. Carnaval, período de festas profanas; festa da carne. Casa de praia, rapazes de sunguinha, fazendo aquele churrasco... Tem coisa mais profana e carnal? Gente semi nua, carne e bagunça! Eu gosto disso, muita gente, som alto e falência múltipla de órgãos e finanças no final.
Bom carnaval!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Saudades - Clarice Lispector.

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...