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quarta-feira, 28 de maio de 2014

17 de maio

Movimentos len-tos.
Acordei devagar, fui me esticando, abrindo um olho e depois o outro
até conseguir ver que o dia já era dia.
Então eu me virei pro seu lado.
Você de costas, meio de lado.
Eu acompanhei seu contorno
de ponta a ponta, devagar e ainda com a vista meio embaçada.
Sua vez.
Você se virou aos poucos, respirando fundo,
fazendo movimentos len-tos e grudou os olhos no teto por alguns segundos.
Talvez aquilo tivesse sido uma tentativa de perceber e entender o que se passava ao redor
e de repente, eu entro no seu campo de visão.
E de repente o seu sorriso virou o meu campo de campo de visão.
(Sabe quando você põe o olho naqueles caleidoscópios e a imagem se irradia de uma policromia cheia de efeitos e brilhos, e as imagens se multiplicam e aparecem em todas as direções? Foi assim que eu vi seu sorriso seguido de um "bom dia").

domingo, 25 de maio de 2014

Dez dias depois.


Aquele quadro seu, que eu havia pintando, infelizmente não condisse com a sua realidade.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Tilintar-te-ei

Sem pretensões aparentes. Apenas aconteceu.
Como um feixe de luz na escuridão, como um grito no silencio, como uma palavra numa folha em branco.
Ninguém esperava. Era uma descrença só.
Três horas de encantamento. Não havia um testemunha sequer pra ver o brilho no olho! E se houvesse pelo menos um ouvinte que fosse, ouviria, inclusive, o tilintar desse brilho!