+MAIS

sábado, 29 de maio de 2010

Amor.

Lara diz:
fazendo?

(...)
olhando pro seu bico.

Lara diz:
mentira...

(...)
tô mesmo.
escutando like a rolling stone e te vendo.

Lara diz:
é muito amor mesmo...

(...)
e é mesmo
é chato ficar longe de você. Dá um vazio.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Uma pessoa de fácil convivência!

Amiga-Mãe-Diná: Estou vendo nessa casa o seu futuro.
Lara: Que casa?
Amiga-Mãe-Diná: Nessa que eu tô agora.
Lara: E por que o meu futuro?
Amiga-Mãe-Diná: Porque é a casa da minha tia, ai chegou aqui a mulher dela e fica reclamando de ciúme, do que ela faz e deixa de fazer, do que ela come, enfim... Desabafando aqui comigo... Ai tua mulher vai ser assim.
Lara: Tua tia é sapatão?
Amiga-Mãe-Diná: É, mora junto e tudo!
Lara: ...

Inspirado no blog http://oguiagay.blogspot.com

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Segunda cinzenta.

Eu poderia deixa-la chorar, espernear. Podeira deixar a dor e o sofrimento consumi-la por inteiro. Dar as costas e simplesmente ir, sair sem ao menos dizer 'thcau'. Foram tantaos os empurrões e tropeços que dei e levei por sua causa... Minha vontade é de despejar tudo que ficou engasgado, tudo que não foi dito, pôr em pratos limpos o que eu tanto fiz por você. Neguei amigos, horas de sono... Eu vivi pra você, sabia? Não sei ser indiferente quando o assunto é você, ainda sinto um pouco carinho. Eu ainda tento aceitar e entender o que diabos aconteceu naquela segunda.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Não me espere

Tantos contratempos... O dia foi cheio, o telefone não parou de tocar um minuto sequer. Peguei um congestionamento filho da puta logo cedo. Cheguei atrasado, pra variar. O ar-condicionado tava um gelo, atacou todas as minhas ‘ites’ - sinusite, rinite... - espirrei, espirrei e espirrei. Na hora do almoço, o restaurante lotadíssimo, pessoas falando, esbarrando na mesa, na cadeira... Ninguém além de mim pensa que restaurantes são feitos apenas para comer e beber? Gosto de come em silêncio, sozinho de preferência. Voltei pro trabalho fadigado do estresse pós-restaurante. A hora se arrastou a tarde inteira, duas da tarde, duas e quatro, duas e seis, duas e seis, duas e seis... Minha caneta predileta vazou dentro do bolso da camisa, ainda bem que a camisa era preta! Enrolei meia hora no banheiro tentando me limpar e matar um pouco do tempo. Voltei com a blusa molhada, muito molhada porque aquele trocinho de secar as mãos - acho que é um secador – e o troço tava quebrado... Camisa molhada, ar gelado e pá minhas ‘ites’ de novo! Me atrasei pra entregar uns relatórios e umas pautas, o chefe reclamando, pessoas hipócritas ao redor. Argh! Detesto muito tudo isso. Quando deu à hora de ir, finalmente, lá vou eu ter que me redimir do atraso da manhã. Mais meia hora trabalhando. Trabalhando não, fiquei no twitter, fazendo a 'linha comportado'. Peguei um congestionamento horroroso na volta, parei no posto pra abastecer, comprei um picolé e um cd pirata da Madonna. Não gostei do cd. Voltei ao posto, mas o vendedor não estava mais lá... Cinco reais jogados fora. Mais congestionamento...
Não me espere, talvez eu não chegue a tempo para o jantar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

A moça de sorriso aberto

Não tive escolha. Assim, de um jeito mágico, ela me apareceu. Um vestido florido, cabelos em trança e sandálias de couro. A pele morena que realsava o branco dos dentes. E tudo ficou calmo, as ondas, a areia, o fim de tarde, o cheiro de praia... Tudo mesclado a beleza encantadora da moça. Eu parado, do jeito que estava fiquei. Boqueaberto, atônito. Sem falar na brisa acariciava a trança cacheada e as flores do vestido dançavam suavemente pelo corpo delgado...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O fim de Nora.


Da ultima vez, falei da minha falta de tempo, hoje vim falar da minha vida amorosa. Nora não me apetece mais. Não me arrependo de ter feito o que fiz, mas hoje, com a vista limpa, vejo que teria sido melhor se não tivesse sido, se é que me entende. O tempo foi se encarregando de deixar comigo apenas o que era meu de fato. Sinto-me mais leve agora.

R.F.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Turbulência - Rubens e as agendas

Sinto-me incomodado com a falta de tempo. É que ultimamente tenho reservado horário pra tudo e todos, menos pra mim. O cabelo grande, barba mal feita, olheiras, quase um mostro, de tão feio e cansado.
Sei lá, é estranho dizer esse tipo de coisa, afinal cabeça vazia é oficina do cão - já dizia minha falecida tia avó, Dona Iêda - mas eu realmente queria viver do ócio. Acho que eu preciso de férias,  ou então que o mundo dê uma parada básica, pra eu poder descer e respirar fundo. Deve ser o Mau do Século XXI, só pode. Hoje ainda é segunda e eu tô com a agenda cheia até a próxima! É engraçado, mas tem horas que é bom, pelo menos não tenho tempo pra fazer ou pensar bobagens. Amanhã tenho ensaio da banda, curso de inglês, faculdade, encontrar meu bem. Quarta tem natação, faculdade até as seis e reunião de condomínio. Quinta é curso de inglês, estudos  e mais estudos, levar o gato e o cachorro ao petshop, lavar o carro. Sexta... Ah, se eu for expor minha agenda toda aqui... Eu tenho três agendas, mais a do celular. Um compromisso esquecido e já era. Meu sonho é um dia rasgar tudo e me libertar. Sinto falta dos meus tempos de colégio. Tardes inteiras livres, prontas para serem gozadas em grande estilo - com pipoca e filmes - com amigos ou sozinho. Aiai... Acabei de lembrar que tenho uma resenha sobre Fenomenologia do Turismo pra fazer e também tenho que ler o capítulo três do livro "O que é arte", ambos pra amanhã. Já estava até achando estranho não ter nada pra fazer. Adoro esse caos... Mentira... Eu odeio! Vou tirar minha barba e ver o que dá pra fazer com meu cabelo... Nas olheiras eu passo a base corretiva da minha mãe. Hum... As resenhas e a leitura eu faço pela madrugada. Cazuza me entenderia: o tempo não pára e pronto!

R.F.

domingo, 9 de maio de 2010

Minha mãe

"Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada e formada com ardor
Da alma da mais linda flor de mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
O teu coração junto ao meu lanceado pregado e crucificado 
Sobre a rósea cruz do arfante peito teu
Tu és a forma ideal, estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação que em todo coração sepultas o amor
O riso, a fé e a dor em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela, és mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza"

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sala da solidão

Devorando bala soft de uva, twitando ago sem muita importancia. Não fui assistir aula.
O cheiro do meu próprio perfume enche o ar da sala onde estou, é engraçado, é um cheiro ótimo!
Aqui é meio apertado, sujo... Mas quem se importa? É silencioso, aconchegante e solitário.
Não entra sol, a única janela é pequena e não abre por completa. As vezes um raio de sol sacana resolve entrar e mostrar os ácaros, a poeira e tudo mais que fica suspenso no ar, dançando loucamente a cada sopro do ventilador! Eu gosto tanto daqui.

domingo, 2 de maio de 2010

Conjunção, conjugação, construção...


  Ela quis tentar comigo. Quis conjugar, com o tempo, o verbo amar. Não pude relutar diante da imensidão e do querer mútuo.  Olha onde estou, sentado no chão, olhando umas fotografias antigas, a carta de um mês e o nome dela no meu all star com um coraçãozinho do lado. Eu nem pedi abrigo, só pedi pra ser amigo e até agora me pergunto o que diabos ela viu em mim!
  O tempo passou, o verbo conjugou. E é incrível, a cada beijo um mundo novo se constrói e o céu até fica de uma cor diferente! Quando eu estou com ela não tem hora, nem problemas, nem preocupações, nem nada. É um bem-querer que inunda o ser, que invade os lugares que nem perfume importado.
  Os olhos de represa se rompem de alegria ao vê-la e a busca incessante por dias melhores se abstém ali mesmo, no ponto de ônibus. Bem melhor quando se arquiteta, quando se planeja, quando não há pressa. Do jeitinho da semente – planta, espera, cuida e rega – cresce bonita, vinga que é uma beleza. Do jeitinho que a professora ensinou – conjuga de um por um, de pessoa em pessoa – pra não errar na concordância. Do jeitinho de prédio em construção – deixa a armação de metal se misturar com cimento, abre porta e põe janela – no fim a gente pinta as paredes com cor que a gente quer. Tantas voltas e vê logo por quem eu fui me encantar, aliás, vê logo por quem ela foi se encantar...