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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Esse texto está escrito nas linhas da sua mão. Talvez uma cigana lhe diga isso.

Talvez você nem imagine, mas um dia, num desses dias qualquer, onde a gente apenas acontece, você vai esbarrar em mim. E nós vamos trocar olhares e vamos nos perder depois. Talvez você nem imagine, mas da próxima vez, quando a gente se esbarrar de novo e por acaso, você vai lembrar do meu rosto. E quem sabe a gente converse sobre as coisas mais extraordinárias ou sem sentido e isso pouco vai importar porque nós estaremos tão focados no movimento e na direção das nossas bocas, que no momento em que nossos olhos fecharem e que as bocas se encostarem, o mundo vai parar só pra que a gente possa se beijar pelos mais lindos e infinitos segundos, minutos e horas. Talvez nem passe pela sua cabeça ainda, mas nós vamos namorar e vamos ser o casal mais feliz. Nós vamos brigar só pelo prazer de fazer as pazes depois. E vamos ensaiar alguns términos em nome da saudade. Mas apesar de tudo, nós seremos o casal mais feliz. Sim, nós vamos morar juntos e mobiliar o apartamento inteiro. Vamos fazer um mural com nossas fotos e vamos ter um tapete enorme na sala de estar. Talvez você tenha dúvidas e questione nosso amor e o seu amor e o meu amor, mas o que seria da vida se não fossem os questionamentos? Você vai lembrar dos altos, dos baixos e até dos dias mais-ou-menos. E mesmo assim vai ficar tranquila por estar comigo e por eu ser o seu amor mais improvável que já existiu. Talvez você não tenha a menor ideia, mas no fundo você sabe que eu vou estar em algum lugar, esperando pra viver tudo isso com você.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Sobre todos os inacabados você.

Abandonei todos os escritos que continham você nas entrelinhas.
Abandonei os planos, as saudades, os momentos, tudo.
Deixei tudo pra trás.

Não vou continuar as histórias, nem buscar respostas. Não vou mais deixar a dor se apoderar do meu corpo. Eu não quero saber de você, nem dos seus problemas.
As festas que você vai não me interessam.
Suas novas amizades não me interessam.
Seus projetos engavetados não me interessam.
Seus problemas respiratórios, suas crises existenciais, sua insonia ou se você comeu. Nada disso me interessa.
Você não me interessa mais.
Eu dei o ultimo suspiro e senti o último pulsar. Eu amarguei e adoeci e quase me enterrei numa cova que se abriu sob seus pés. Você não sabe, mas eu quase morri. Eu, eu quase morri por você, pelas suas promessas, pelas suas vontades, pelas suas palavras escritas nos papeis, pela sua história, pela nossa história. Você se foi e eu fiquei e esperei que voltasse e fiquei com o coração na mão enquanto sua imagem ia ficando cada vez menor e menor e menor e menor até se apagou no horizonte. Eu não vi você olhar pra trás. O seu abraço forçado, sua cara congelada num semblante irreconhecível, o meu pavor em não reconhece-la mais. Eu cansei de me esforçar pra entender sua covardia e de me forçar a aceitar que isso tudo seria passageiro quando, no fundo, eu já sabia que não era. Você nunca sentiu nada, por mais esforço que tenha feito, você só conseguiu fingir e quando pode se distanciou antes que a culpa sucumbisse além. As coisas adormeceram e eu não vou lembrar de mais nada a partir de agora.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Greco - I

I

Foi do jeito menos provável e mais intenso. Se houver como resumir Tales e Pietra, resumo assim. Tudo se encaixou. As músicas, as bocas, as roupas, as vontades, as mãos. A simetria grega, a perfeição nos detalhes. Tales Príapo floresceu quando Pietra se fez sua mulher.

A partir dai, os meses passaram como se ambos se conhecessem de uma outra vida. Tales cegou diante da grandeza de Pietra. Pietra já era inofensiva e os garranchos que Saulo fizera... Todos em vão. Iliakós ia além da completude e transbordava nos mais diversos sentidos! A mulher, o trabalho, os estudos, a vida em si. Tales, o mirrado e nem-nem, e Pietra. Pietra forte. Pietra paciente. Pietra compreensiva. Pietra, Pietra, Pietra.

A vida seguia o rumo e harmoniosamente conduzia o casal que, dia apos dia, ia bem, ia muito bem, ia melhor ainda.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Greco - Introdução.

Tales está florindo.
Príapo apadrinha o fértil.

Tales Príapo cresceu no leste Iliakí Poli, um povoado qualquer de uma Grécia fictícia.
Eu nem lembro o por que, mas quando Tales nasceu, sua mãe o apelidou de Iliakós. O menino não era loiro e quando veio ao mundo, não trouxe brilho algum. Era mirradinho, meio branco, meio moreno. Nada de especial. Quando a adolescência chegou, Tales, o Iliakós, não obteve muito progresso, cresceu de qualquer jeito, e aos vinte e três anos conheceu Pietra Mnemósina.

Pietra dura como pedra.
Mnemósina seria inesquecível.

Pietra morava no norte de Iliakí Poli, região que era considerada nobre por suas praças e casas bem cuidadas e luxuosas. Pietra cheia de vontades. Pietra birrenta. Pietra sedutora. Pietra, Pietra, Pietra. A moça casou-se, por míseros e conturbados nove meses com Saulo, mas Saulo não era Iliakós. Não esquentava, não irradiava, não era nada. Pietra cansou da vida sem sal. Juntou umas poucas roupas e tornou a casa dos pais.

O Triangulo.

Pietra esposa de Saulo. Saulo amigo de Tales. Pietra e Tales se queriam, mas em silêncio. Pietra rompe com Saulo. Pietra e Tales se encontram. Acontece.





quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Das definições não aleatórias sobre mentira e ilusão e, talvez, um pouco de amor (?)

1. a afirmação de algo que se sabe ou suspeita ser falso; não contar a verdade ou negar o conhecimento sobre alguma coisa que é verdadeira. A mentira é o ato de mentir, enganar, iludir ou ludibriar.
 2. No âmbito religioso, a mentira é considerada um pecado divino, estando relacionada com o que é mau, maligno ou indigno. Na doutrina cristã, por exemplo, a mentira é representada pela figura do diabo, considerado o "pai das mentiras", para os cristãos.
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1. é a troca da aparência real por uma ideia falsa. É também um devaneio, um sonho, um produto da imaginação.
 2. Muitas pinturas geométricas, ou desenhos, nos dão ilusão de movimentos, de profundidade, de mudanças de cor, de formação de imagens etc. Os filmes 3D nos dão a ilusão de que as imagens estão saindo da tela.
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"Muitas pessoas expressam os seus sentimentos mais profundos através de mensagens de amor, declarações de amor ou poemas de amor, que são compartilhadas com pessoas especiais. O amor também tem um papel social, alimentando outros ações e sentimentos como a solidariedade."

"Já era.

Como que eu não vou me apaixonar se você usa o teu óculos que eu mais gosto quando nos encontramos? Como que eu não vou me apaixonar por você se tu gosta de uma das minhas cervejas prediletas e gosta do mesmo cigarro que eu fumo? Me explica, como que eu não vou me apaixonar por você se você me olha com os olhos de ternura e de realização que poucas pessoas um dia me olharam? Só quero que você me diga, como não me apaixonar por você quando eu sei pelos teus lábios o quão bonita aos teus olhos eu sou? Não consigo parar de me questionar o quanto você ainda pode me deixar enlaçada nos teus braços sem nem um esforço.
Quanto mais eu te olhava, mais eu te queria.
Mais eu quero.
Mais eu almejo algo sincero e duradouro.
Farei dar certo, minha menina.

 Com você e por você vale a pena, eu sinto."


¿Cómo se siente para perpetuar mentiras en palabras?
Ojos sangrar por la sangre vasos se rompen en una mezcla de odio y afecto, que ha de ser la misma.
Nunca te gustó porque nunca la conocí, pero me encantó sus mentiras.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Base ordinária

A única verdade é que você é uma grande mentira! Dissimulada, sonsa, falsa. O que mais eu poderia dizer? De que mais formas eu poderia adjetivar alguém tão ardiloso? Sua contradição, sua verborragia, suas falácias. E eu que tão sincero fui, que tanto empenho gastei... Hoje me vejo perdido, imerso em falsos fatos. Quanto mais esforço faço, mais me afundo na lama das memórias. Sua vida é só uma colagem de histórias sem sucesso, de fracassos, e você a molda de acordo com a circunstância, pinta com as cores que, ocasionalmente, lhe caem melhor.  Eu me arrependo de você.

domingo, 9 de agosto de 2015

Nó.

Por onde anda seu pensamento agora? Os dias tem passado. Apenas passado. O arrastado das coisas todas, a falta de notícias, as vontades podadas bruscamente. Sua partida foi triste. Quase comparo a uma morte. Ando seco, olhos fundos, pálido. Sangrei tanto sua ida que fiquei anêmico. Amanhece e anoitece. Luzes apagam e acendem. Você que não volta, que não se importa, que faz de conta que nada foi real. Quanto querer foi desperdiçado? Por que não me deixou guarda-lo para outra? Por que você invadiu, tomou posse e simplesmente se foi? Sua ausência é tormenta no mar dos meus olhos. Fico calado a maior parte do tempo, esperando que o nó na garganta se desfaça de vez e eu possa engolir meus porquês.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

2 months about nothing

Se um dia o acaso, por um motivo qualquer, lhe trouxer aqui, peço que ouça essa música antes de ler qualquer coisa.









Eu nunca fui o seu amor. Acho que agora você já consegue ver isso, certo?
Hoje, cinco de agosto de dois mil e quinze, quarta-feira, estaríamos fazendo dois meses de namoro.

Mas o que restou de nós?

terça-feira, 4 de agosto de 2015

See ya

Decidi dar adeus a você.
Não posso carregar o fardo de acreditar no que já não existe. 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

7 de julho.

Bom dia, tarde e noite

Esses poucos meses tem sido tão intensos e imensos que eu só acredito que são de verdade por que eu te tenho. Eu sei que eu não sou a pessoa mais legal do mundo e que meu humor "enxaqueca" é meio difícil de suportar, mas eu amo você. Talvez possa soar banal, mas quando eu digo e repito que te amo, é por que não há mensuração imaginável pro que eu sinto, de verdade. Eu amo o jeito que cê me olha, que cê me aperta, que cê me beija e até o jeito que cê faz cócegas em mim! Eu amo sua paciência, seu jeito de me acalmar e principalmente de me fazer entender quando eu tô errada. Você tem sido o que eu espero, quero e preciso. Você é meu amor lindo, minha namorada, a recompensa pelo tempo de espera.
Não desgruda nunca de mim, viu?

“De manhã, quando você acorda eu gosto de acreditar que você está pensando em mim, e quando o sol entra no quarto pela janela​ ​eu gosto de acreditar que você estava sonhando comigo.” — Birdy. ​

​Te amo mais a cada segundo que o relógio marca.​

Noturno.

Eu não quero que você deixe essa ferida fechar. Ferida fechada vira cicatriz qualquer e cicatriz qualquer é só uma lembrança. Não quero só lembrar de você. Qualquer vontade está associada, ligada, entrelaçada. É aquela linha invisível amarrada ao nossos dedos mindinhos. Você ainda mora em Saturno? Por fim de tardes na praça, por manhãs de bons dias sonolentos, por mais caras de abuso. Eu quero ter você, suas confusões, seus cabelos e sorrisos. Eu quero você! Tudo de você em mim! A porta aberta ainda convida. O choro noturno é correnteza. Volte. Ainda dá tempo

Foi tu

Quando tu apareceu e quis ficar, eu pensei que a gente ia ser. As infinitas possibilidades de ser mais e menos, mas sempre sendo e querendo ser. Ai eu fiquei feliz e todo dia eu acordava querendo ser contigo. Fiz festa pra todas as tuas cheganças e mesmo nas despedidas, conseguia ver a alegria da próxima chegada. Então tudo mudou. Quando tu sumiu sem me explicar e levou nosso ser, eu chorei, amofinei, fiquei tísico. O corado dos lábios e bochechas se apagou, deu espaço ao pálido. Não podia mais fazer festa. Não havia mais chegança. Dessa vez a despedida não anunciou nenhuma volta

Ka.

Eu quero que você leia essas palavras e sinta o peso dos meus dias sem você.
Quero que sinta minha tristeza em ter que ir embora.
Que me veja amargar a ausência dos teus beijos, das tuas risadas, da tua voz me chamando de amor.

Não faz sentido minha mão longe da tua.
Nem meu olho longe das tuas curvas
E muito menos eu sem você.

Pra ti.

Tudo era estável antes de você.
Acordar, tomar banho, tomar café, limpar a gaiola do Romeu, brincar um pouco com a Didi. Sair pro trabalho, voltar pra casa. A rotina dos dias sem bom dia, das tardes longas entre um café e outro, as noites de dormir.
A bagunça boa dos dias com você.
A rotina se manteve, mas a leve bagunça do compromisso com a pressa, do atraso pras aulas, de sentar na praça e entre cigarro e beijo, olho e cheiro, querer um mundo inteiro nas mãos. Eu esperei tempo demais pra ter tudo isso. Tudo isso com alguém que me fizesse dormir e acordar querendo jogar a chatice do cotidiano pro alto e me trancar num quarto de hotel enquanto o mundo explodia lá fora.

domingo, 2 de agosto de 2015

Dona Éfe.

Essa noite sonhei que você se suicidava. E eu invadia sua casa, invadia seu quarto e sentado na porta do seu quarto, com a cabeça apoiada nos braços e estes apoiados sobre os joelho dobrados, eu chorava até sua mãe chegar.
- Quem é você?
- Desculpa ter entrado assim, eu precisava saber notícias.
Conversamos, choramos. Apesar do desconforto mútuo, no sonho, sua mãe conseguia ser gentil. Não conheço sua casa, nem sua mãe, nem sua nova versão, mas eu estava ali. Quer dizer, meu subconsciente.
- Esse é o quarto dela, não é?
- Sim.
Fotos nas paredes, escrivaninha meio bagunçada, alguns papéis. Deitei na sua cama. O seu cheiro estava lá.
- Por que ela fez isso, dona Éfe?
- Não sei. Não faço ideia.
A partir daí o sonho já se mistura e eu não lembro ao certo o que acontece. O que me é bem nítido, é que antes de sair da sua casa, sua mãe me leva até a janela em que você se jogou. Me lembro que também pedi uma foto sua.
- Pode levar, mas só uma.
- Obrigado, dona Éfe.
Sai da sua casa e do sonho.
Acordei no meu quarto, peguei meu celular e fui atrás de você em algum deposito de fotos online. Mais viva do que nunca, sim, você está mais viva do que nunca... Eu que estou me suicidando involuntariamente quando penso em você.