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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

XXI

Da minha janela eu não vejo mais árvores, só vejo outdoors e propagandas de refrigerante.
O céu a tarde é cinza e empoeirado, e entre os carros, mostos e ônibus amontoados: a fumaça, o barulho, o caos, a desordem e imprudência...
Anúncios nas paredes, nos corpos e nos panfletos que se multiplicam a cada esquina.
Calçadas que vira vitrines de CDs, DVDs, MP3, jogos pra PC e PSP, boné Puma, tênis Nike, blusa Lacoste, óculos D&G, perfume Hugo Boss, boneco Max Stell, descascador de legumes, relógio Rolex, prendedor de cabelo, fruta fresca, água de coco, livro usado, cueca, calcinha e quatro pares de meia por R$ 5,00!
Dividimos as ruas com o lixo, com os milhares de mendigos e com a água empoçada.
Dá dó pensar que somos filhos do capitalismo selvagem, da Era 'BigMac com Coca-Cola'...
Quando o dia acaba e eu ponho as idéias no lugar, percebo que foi só mais um entre milhares de dias estressantes e casuais que se foi...
Ai eu respiro fundo e espero o amanhã chegar...

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