Era aproximadamente 5h e 53min quando a grande máquina se fez viva. Uma grande nuvem de fumaça escura tomou o céu azul escuro, a buzina soou e aos poucos o Unpalatable I se movia, fazendo a curva vagarosamente até tomar o rumo do horizonte. Algumas horas depois ainda haviam pessoas, talvez um quarto das que haviam antes, com os olhos imersos no infinito, vendo o navio se perder no além.
O Unpalatable I foi notícia nos jornais, nas rádios, nas TVs, nas calçadas, nos bancos da praça, na igreja... Por toda parte e por um bom tempo o único assunto da cidadezinha era o "Intragável". Um dia tudo silenciou. A rotina voltou a ser monótona e o navio a navegar apenas no mar.
Nada é para sempre: nem o silêncio e a imponência soberana. Faltavam uns dias para que a jornada do Unpalatable I fosse concretizada, mas uma pane no sistema fez com que nem a alma dos tripulantes se salvasse. Para quem viu o gigante navio aportar e partir, qualquer sentimento poderia ser imaginado, manos o luto... Quem subiu no Unpalatable I estava de malas prontas para fenecer eterno. Quem ficou, guardou as fotos e as memórias do navio e de quem nele se foi.
O Unpalatable I foi notícia nos jornais, nas rádios, nas TVs, nas calçadas, nos bancos da praça, na igreja... Por toda parte e por um bom tempo o único assunto da cidadezinha era o "Intragável". Um dia tudo silenciou. A rotina voltou a ser monótona e o navio ficou preso apenas nas lembranças e no fundo do mar.
A alegria momentânea tragada pelo mar. Quem poderia imaginar tanto revés? Estava tudo tão perfeito, a orquestra que embalou a saída, a felicidade das crianças, as senhoras gordas se gabando com jóias e sapatos franceses, os homens altos falando de negócios, os de baixo cumprimentando os semideuses de cima... Ninguém poderia esperar a desgraça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja.