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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Pesadelo

Os olhos cansados de chorar, o corpo esguio mais parecia um amontoado de tensões e medos.
Não havia sossego e nem paz. Muito barulho, pensamentos rápidos e turvos, assim, meio paranóicos, indo e vindo, como num nado dessincronizado.
Era o pavor de saber sobre o amanhã, talvez não quisesse perder o conquistou até agora.
Não era campeão e nem perdedor, era só alguém parado, estagnado entre o começo e o fim.
Já não era flor, muito menos jardineiro, não precisava de cuidados e nem de cuidar... Sentia na espinha que não tinha nada, mas que a qualquer momento podia perder tudo.
Uma agonia, um pânico, uma dor, o desespero de não saber o que fazer, de como sentir, de como dizer...
Trazia nas mãos o desejo insano de jogar tudo pro alto - e o tédio que iria vir em seguida?
Nessas horas não saber o que fazer é a pior coisa a se saber...
Existe um abismo enorme entre o querer, o ser querido e o ser recíproco.
Não quero cair novamente nessa fenda obscura... Já não sinto as pernas, provavelmente não terei forças para me reerguer.

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