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domingo, 24 de outubro de 2010

Abra os olhos, eu espero.

Vi todos os anúncios que colocaste. Eu aqui de baixo olhava ansioso, tu, o copo de café e a luz da manhã lá em cima da torre alta. Mas os tais não eram pra mim e tu ai de cima, tão imerso em outros sentimentos, não foste capaz de enxergar que o anúncio com a foto mais bonita fora posto procurando a pessoa errada. Ver-te assim, debruçado na sacada, dias após dia, esperando por alguém que nunca vem me entristece. Sou eu quem sempre te espera, que se sempre se põe a tua disposição, eu que sempre me ponho aos teus pés... Esse anúncio está errado - Desce já dessa sacada e vem me encontrar abaixo do sétimo andar.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
  (V.M.)

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