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terça-feira, 16 de novembro de 2010

(Sem título.)


Talvez o erro tenha sido não prestar a atenção devida. Amor é que nem paciente em UTI, sempre precisando de cuidados especiais pra não fenecer. É tarde e já não há o que argumentar. Folhas de calendário debruçadas sobre a mesa mostrando que meses foram jogados ao acaso. Crianças crescem, aprendem a beber e a fumar, idolatram personagem que lembram vagamente amigos, se apaixona pelos prazeres destrutivos e amorais. Amor é como flor, um dia sem água e ela enfraquece. Excesso de informação, nos dias atuais, é sinônimo de cabeça vazia. Muitos contatos e desconhecidos que se tornam íntimos em apenas cinco cliques - digitar o endereço, procurar, achar, adicionar e pronto: recém amigos de infância. É ser só no meio de muitos, uma dor crônica, regada a noites insanas. O tempo passa rápido demais, eu me lembro bem de agosto, porém, já estamos em novembro do ano seguinte. Amor é como roupa pequena, não cabe mais em você, o único jeito é passá-lo a diante... Sempre haverá alguém melhor que aproveite melhor o tal. Cheiros e olhares, ainda familiares, são restos de pacientes de UTI, de flores mal regadas, de apego desnecessário a bens não tão supérfluos.

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