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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dez devaneios noturnos.

Sabe, é estranho pensar que nem todos cabem no corpo que lhes foi dado. Eu por exemplo, tenho um metro e
cinqüenta e pouco. Não pelo fator estético, é que são tantas idéias, tantas paixões, tantos sonhos e segredos...
Às vezes nem parecem caber em tão pouco.

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Bonito ver a coragem de alguns. Bater no peito e assumir pro mundo quem é ou quer ser. Barreiras, riscos,
rejeição... Guerreiro é que mostra a verdade de cara limpa.

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Quase meia noite. Faz calor. A luz ainda está acesa.
Mas não é sobre isso que eu quero falar. Não com essas palavras.
Hora é tempo. Calor é paixão. Luz é esperança.

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Pensamentos breves... Eu posso ser feliz? Mas tem que ser do meu jeito.

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Estou observando meu reflexo na janela. Engraçado, noto mais olheiras, mais cabelo desgrenhado, menos
sorriso,menos amor próprio.

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A rede faz um balanço. Do balanço sai um som engraçado, quase um convite ao sono a dois.

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Há uma vida inteira lá fora. Carros passam pela rua vazia. Um gato, meio estressado ou louco de amor, grita
impaciente sua dor. Boemia? Loucura? Apenas um gato?

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 Quarta página... Onde estará a chuva? Sinto falta de alguém... Ou de um pedaço de mim.

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 Pense em mim.
Mas só quando em vez.

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- Posso ser seus chinelos?
- Como assim?
- Pra poder seguir seus passos aonde quer que você vá.
- Não vou a todos os lugares de chinelo.
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