+MAIS

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dentro de mim.

Sempre andei por ruas que não me pertenciam. Algumas vezes me perdi, outras me achei. Me perdi mais, sem dúvida... Minhas jornadas sempre foram vazias, sem propósito, fúteis até. Tantas curvas e corpos que serviam apenas como distração aparente. Não tenho pena de mim. Já pensei em parar, sentar e esperar que alguém, com boa vontade, sinta minha falta e resolva me procurar. Já pensei em continuar, andando de cara pra cima, esbarrando em muitos, conhecendo poucos. Não sei ao certo como fazer... São só suposições, “achismos”, pensamentos hipotéticos. Meu tempo, minhas ruas, meus tropeços. Tudo meu, sem precisar dividir atenção forçada, sorrisos forçados, sentimentos forçados. Hoje eu quero me achar, achar meus sonhos de novo. Eu sempre quis tanto, tanto que não tenho nada além de culpa e remorso. Andarilho, perdido, vadio. Sofri muito por vagar tão acompanhado e me sentir tão só que nesse exato momento eu apenas quero ser, sem sentir. Uma das melhores experiencias da minha vida foi sair andando com rumo e sorrindo na chuva. Sorri sem obrigação, sorri pelo simples fato de estar ali comigo mesmo, sabendo aonde eu ia, escutando meus pensamentos, atendendo a um desejo que pertencia exclusivamente a mim. Eu fui imensamente feliz por uns 15 minutos. Depois a chuva parou.

2 comentários:

  1. "não me pertenciam", "Meu tempo, minhas ruas, meus tropeços", "Tudo meu", "comigo mesmo", 'pertencia exclusivamente a mim"...





    Minha, meu , eu...
    não consegue pensar em outra pessoa?

    ResponderExcluir
  2. Talvez seja porque o post foi sobre ter um tempo só pra mim.

    ResponderExcluir

Seja.