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domingo, 5 de julho de 2015

Alguma carta perdida, talvez.

Bam, volto a te escrever. Eu sinto falta da sua pressa, da sua agonia, da sua vontade de querer sempre o impossível. Eu sinto falta de dos seus dentes, das suas unhas, do seu cabelo, do seu olho, da sua voz... E principalmente do seu cheiro. Ainda é difícil pra mim. A conformação em não ter conseguido ser bom o sufience parece não chegar nunca. Os dias não passam, as horas enganchem e quanto mais desculpas pra fugir eu tento inventar, mais eu finco meus pés no teu chão. Já não tenho notícias suas há tempos. Isso dói. E se tivesse dado certo? Se eu tivesse feito mais? Se minhas pernas tivesse conseguido realmente te alcançar? Você virou minha vida, cruzou todas as fronteiras imagináveis, transformou todas as linhas em tênues. Fui eu, Bam... Foi tudo culpa minha. As coisas desandam dia após dia e eu só penso que talvez isso vire uma constante, se é que já não é, entende? Nunca vai existir outra pessoa. Nunca. Depois de você, os outros serão sempre os outros. Bam, se você soubesse de tudo isso, se pelo menos tivesse um pingo de noção, o que faria?

Ps. Eu te espero com a sede de um andarilho em pleno deserto.

Do teu eterno,
Eu.