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domingo, 9 de agosto de 2015

Nó.

Por onde anda seu pensamento agora? Os dias tem passado. Apenas passado. O arrastado das coisas todas, a falta de notícias, as vontades podadas bruscamente. Sua partida foi triste. Quase comparo a uma morte. Ando seco, olhos fundos, pálido. Sangrei tanto sua ida que fiquei anêmico. Amanhece e anoitece. Luzes apagam e acendem. Você que não volta, que não se importa, que faz de conta que nada foi real. Quanto querer foi desperdiçado? Por que não me deixou guarda-lo para outra? Por que você invadiu, tomou posse e simplesmente se foi? Sua ausência é tormenta no mar dos meus olhos. Fico calado a maior parte do tempo, esperando que o nó na garganta se desfaça de vez e eu possa engolir meus porquês.