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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Quinta-feira

Por favor, não deixa eu me acostumar com tua ausência. Não deixa que esse amor todo morra de falência. Quando meus olhos repousam no castanho dos teus é como um barco que avista terra firme depois de tempestade em alto mar. É em ti que tudo começa e termina, então por favor, não deixa eu caber no vazio que vai ficar se tu for embora. Quando eu segurei tua mão pela primeira vez, naquela quinta-feira que tinha tudo pra dar errado, foi ali que eu reparei que eu não queria nunca mais soltar de ti. Deixa a paciência do tempo confortar nossas angústias, deixa a gente ficar junto tempo suficiente pra esquecer o que significa saudade, mas por favor, não faz com que eu me acostume e aceite tua escassez.

PS. Se um dia tu achar medida pro amor, que seja tão leve quanto aquele chuvisco que molhou a gente no show do Silva.