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terça-feira, 29 de março de 2016

nulo.

Não cabe mais nas roupas de outrora. Não que tenha engordado, emagrecido ou algo assim.
Simplesmente não cabe. Nenhuma roupa lhe serve mais. E os cabelos que seguem constantemente desgrenhados, cobrindo a vista... O andar desengonçado, as mãos e pés desproporcionais. É algo entre o absurdo e o normal. Fazem seis dias que não vai às aulas e mais de mês que não dorme uma noite completa. Acho que se pudesse definhava numa cama ou se ainda andasse, preferiria cadeiras de roda ou moletas. Uma capa de invisibilidade também seria de grande valia. O primeiro pensamento é sempre por que raios amanheceu vivo. Morrer não assusta, nunca assustou. O único pedido, além da morte, é claro, é que seja indolor. É que já basta a dor de ter vivido esse tempo todo sem propósito, não precisa sofrer mais e nem fazer os outros sofrerem mais também. Ainda tem quem diga que é egoísta, mas o que de fato é, é fardo, é peso morto, é o zero a esquerda...