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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Um filme que passou depois da meia noite.

A gente se perdeu.
Não sei direito em que tempo ou espaço, mas em algum momento nos perdemos.
Porque quisemos.
Porque não podíamos com nossa própria existência.
Porque simplesmente não eramos o amor um do outro.
O sentimento se esgota e se perde e se esvai.
É como se quanto mais pesado, mais propenso a subir e se desfazer exosfera a fora.
Eu amei cada minuto que pude e sustentei, como se fosse algo palpável, a linha imaginaria que ligava nossos dedos.
Todas as memórias são como os filmes que passam tarde da noite, daqueles que vemos com os olhos entreabertos, entre o sono e a vontade, e no outro dia, não passam de imagens borradas, de beijos desfocados, de confusão com tiros e carros velozes, de choro pela vida ou pela morte.
Nos perdermos nas palavras.
Nos perdermos nos gestos.
Nos no breve e ir vir de cada dia.
Nos perdemos por amar demais
e também por amar de menos.