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domingo, 20 de novembro de 2016

Quando você se perdeu dentro do meu condomínio e preferiu ir embora antes de me procurar.

Quando você decidiu sair e eu pedi que apagasse a luz e fechasse a porta, tudo aquilo não foi em vão. Eu fiquei horas ali parado, estático. Não via, não era visto. O silêncio melancólico do escuro, meu choro velado, minha frustração. Sua obediência doentia sempre, sempre  me irritou. Obedecia e acatava tudo, nunca foi de questionar ou de tentar reverter. Você sabe que quando eu gritei e lhe expulsei, você sabe muito bem que, no fundo, eu esperava que uma briga, uma birra. Eu esperava que você colocasse o pé na porta e me dissesse que não ia porque não queria, porque não podia. Você não foi capaz. Mais uma vez você escolheu obedecer a conveniência e saiu pela porta miúdo, fraco, covarde, com os olhos encostados no chão.

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