Há 6 anos atrás Eva abandonava o lar.
Deixou tudo para trás, foi-se apenas com a roupa do corpo. Até hoje me indago como Eva foi capaz. Mulher feita, independente, experiente acima de tudo. Quando paro, entre um cigarro e outro, me pergunto por quanto tempo certas feridas permanecem abertas. Eva, antes de ir, sabia que não seria fácil estancar, fechar, sarar. São processos e cada etapa tem que ser sentida. Mas por qual motivo? Quem ensinou Eva a ser assim? Me vejo aqui, deitado na cama, com os olhos pregados no teto, ouvindo o disco estalar "i'm building memories on things we have not said" na velha radiola Philips.
6 anos depois e ainda é Eva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja.