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domingo, 22 de novembro de 2009

birrenta

Isso só começou porque ela não soube se portar.
Ela não deu ouvidos e gritou as piores palavras que se pode imaginar!
Chorou, fez birra, disse o que queria e ainda fez um gesto obsceno pra quem quisesse ver.
Riscou o chão com o pé e disse:
- Que ninguém ouse dar um passo sequer!
Saiu correndo, entrou no quarto aos berros e ficou no escuro, sozinha, por horas a fio.
E foi maquinando a traquinagem... Enquanto pensava, cantou baixinho uma música e fixou os olhos no sininho que balançava preso por um fiozinho de nylon, na grade da janela.
Imersa no silencio, jurava que podia ouvir a voz da consciência falando que aquilo tinha sido ridículo e deprimente!E os olhos pregados na janela que acendia com a luz do poste...
Por um instante o sininho esmagou o muro que separava a menina birrenta, da mulher 'cabeça-feita'.
Ela se refez.
Engoliu o choro, fechou os olhinhos e dormiu feito um anjo.

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