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sábado, 5 de dezembro de 2009

Carta a Nora I




Meu alterego ou alter ego, tanto faz, Rubens Fontenelle... Está todo ‘meloso’... É que a Nora, alguém que ele amou e ama muito, está de ‘ex-novo’, se é que me entendem. Ele vai ficar postando aqui por uns tempos, afinal, ele quer desabafar um pouco.
Se Nora irá ler, será sempre uma incógnita, mas Rubens vai descarregar aqui a água contida.

Meu bem... Como tem coragem de fazer isso comigo? Logo comigo, que me doei de corpo e alma?! Não sabes o quanto é difícil ter que ser jardineiro de outra flor... Meu bem, tudo não passa de uma farsa pra esconder a dor e os olhos de decepção.
Não terão mais tardes, nem praças, nem brincadeiras, nem mensagens...
Cavastes minha cova... A mesma mão que um dia eu segurei, cavou minha cova! Por quê? Se tu sabias que ia ser assim, porque ousou me partir em milhões de pedaços?
Eu acreditei. Eu confiei... As vozes me diziam, me alertavam sobre o mau caminho o tempo todo... E pensar que as ignorei...
Agora cá estou tentando juntar o que restou noite adentro.
Foi a ingenuidade dos meus olhos que confiou excessivamente no pecado dos teus, e eu me deixei levar. Foi a inocência do teu sorriso que me embriagou loucamente, e eu me encontro aqui, desmoronado.
Espero que, se um dia chegar a ler esta carta, me respondas o porque de tanta preterição.
R.F.

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