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sábado, 24 de abril de 2010

Teor


Por trás dessas lentes, dois olhos marejados, e de repente, dois oceanos de lágrimas escorrem pela face tremula. O som do velho rádio, que insistia em repetir os mesmos versinhos, ensaiava os passos dos soluços entalados, que subiam e desciam pela garganta. Não havia motivo pra tanto desprendimento, pra tanta dúvida e agonia. Ela já tinha dito, mais de uma vez, que amava e entre tantos bilhetes, declarações escancaradas eram ditas aos quatro ventos! Mas mesmo, contudo, parecia um conto de fadas, contado assim, no boca a boca e sem verdade... Ficou natural chorar por não acreditar em ‘nós’.

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