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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Pra ti.

Tudo era estável antes de você.
Acordar, tomar banho, tomar café, limpar a gaiola do Romeu, brincar um pouco com a Didi. Sair pro trabalho, voltar pra casa. A rotina dos dias sem bom dia, das tardes longas entre um café e outro, as noites de dormir.
A bagunça boa dos dias com você.
A rotina se manteve, mas a leve bagunça do compromisso com a pressa, do atraso pras aulas, de sentar na praça e entre cigarro e beijo, olho e cheiro, querer um mundo inteiro nas mãos. Eu esperei tempo demais pra ter tudo isso. Tudo isso com alguém que me fizesse dormir e acordar querendo jogar a chatice do cotidiano pro alto e me trancar num quarto de hotel enquanto o mundo explodia lá fora.