+MAIS

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Quando meu planeta entrou na órbita da tua cintura.

Meia luz.
As paredes úmidas, silenciosas, atentas. Ouviam e gemiam mudas. Cúmplices da minha língua, das pontas dos meus dedos, da minha perna entre as suas. Boca com boca e boca com nuca e boca sussurrando quentura no pé d'ouvido e boca descendo pescoço a baixo e boca e mamilo e água e sal. A mão não repousa. Puxa, vira, circula, sobe e desce, lenta, rápida. Sua vez, minha vez. Me ponho entre suas pernas e mordo suas coxas e beijo outros lábios. Então são espasmos lambuzados de orgasmos e mais espasmos e vapor na fenda que mela. O peito nu, o dorso quente. Levita sobre meu rosto teus sete mares enquanto todos os planetas entre minhas mãos orbitam na tua cintura.