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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Me olhas assim, desconfiado, como um gato novo a descobrir novidades. Me olhas atento, olhos rápidos, como uma ave de rapina. Os olhos negros encaixados no rosto branco são dois buracos negros, estrelas pós colisão. Não satisfeito, aperta os lábios, calado, como as buzinas nos carros, como as explosões vulcânicas, como os aviões supersônicos, como uma fanfarra em dia de quermesse. Me entendes sem esforço. Compreende meu desejo. Sabes mais de mim que eu mesmo. E me olhas assim…

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